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ABSCESSOS E FÍSTULAS ANAIS

ABSCESSO ANAL

Abscessos perianais são processos infecciosos que se manifestam com coleção de pus na região anal ou perianal.

FÍSTULAS

Fístulas anais ocorrem em aproximadamente metade dos pacientes que tiveram um abscesso perianal. Trata-se de um trajeto infeccioso persistente que une um orifício externo geralmente situado na região perianal ao orifício interno do reto.

ETIOLOGIA

Abcesso perianal ocorre após infecções de glândulas produtoras de muco situadas logo acima do ânus. O motivo da maioria destas infecções ainda é desconhecido, entretanto, pacientes imunossuprimidos (diabéticos, alcoólatras) e portadores de colites (doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa) têm maiores chances de desenvolverem essas lesões. Fístula anal é considerada a fase crônica do abscesso.

SINTOMAS

Abscesso perianal é caracterizado por abaulamento localizado em ânus associado quadro de dor intensa e eventualmente acompanhado de febre. A drenagem de secreção purulenta pode ocorrer de forma espontânea ou cirúrgica. Fístula anal geralmente não leva a um quadro de dor severa mas, eventualmente, drenam secreções purulenta pelo seu orifício externo com alguns episódios de inflamação mais severa onde pode levar aos mesmos sintomas de um abscesso.

DIAGNÓSTICO

Abcesso perianal pode ser diagnosticado com simples história de abaulamento doloroso perianal associado ao exame físico proctológico que confirma nodulação de aspecto inflamatório. Fístula anal também pode ser diagnosticada pelo simples exame proctológico do paciente. Algumas situações de lesões ditas “fístulas complexas”, muitas vezes necessita de complementação diagnóstica com exames de imagem como: Ressonância Nuclear Magnética de Pelve ou Ultrassonografia Transanal com objetivo de estudar e programar melhor conduta cirúrgica ao paciente.

TRATAMENTO ABSCESSOS

Abcesso perianal deve ser resolvido sempre precocemente, com incisão e drenagem adequada do conteúdo purulento a fim de evitar complicações infecciosas mais severas. Deve-se também observar presença de trajetos fistulosos e se possível já tratá-los no primeiro ato cirúrgico.

TRATAMENTO FÍSTULAS

Fístula anal também requer tratamento cirúrgico com objetivo de eliminar o trajeto fistuloso, prevenir recorrência e preservar função esfincteriana. A técnica empregada varia conforme tipo e complexidade das fístulas, principalmente as relacionadas às doenças inflamatórias intestinal como Doença de Crohn, onde a forma de abordagem é particularizada muitas vezes sendo necessário uso de dispositivos como sedenho.

 

1. Fistulotomia simples
Cirurgia para abertura e curetagem do trajeto fistuloso.

2. LIFT (Ligation of intersphincteric fistula track)
Procedimento cirúrgico que interrompe o trajeto fistuloso após dissecção do mesmo entre os dois esfíncteres anais.

3. VAAFT (Video Assisted Anal Fistula Treatment)
Procedimento realizado através de um aparelho de vídeo com cauterização do trajeto fistuloso e complementação do fechamento da fístula com cola de fibrina.

4. FILAC (Fistula Laser Tract Closure)
Procedimento realizado com fibra de laser com objetivo de cauterização do trajeto fistuloso.

5. Plug Anal
Dispositivo a base de colágeno que oclui o trajeto fistuloso com objetivo de promover sua cicatrização.

6. Sedenho
Procedimento muito utilizado em paciente com Doença de Crohn onde se disseca o trajeto fistuloso, cureta e posiciona um dispositivo para manter a drenagem fistulosa.

RECIDIVAS

A maioria dos pacientes evoluem satisfatoriamente após adequada drenagem de abscesso anal ou tratamento de fístulas anais, entretanto, fístulas complexas podem recidivar, sendo importante um acompanhamento pós operatório de um especialista. Para maiores informações acesse o endereço eletrônico:

www.portaldacoloproctologia.com.br

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